Estevão Ribeiro de Rezende nasceu
no arraial dos Prados, comarca do Rio das Mortes MG, em 20 de julho
de 1.777 e morreu no Rio de janeiro em 8 de setembro de 1.856. Era
um dos 12 filhos do coronel português Severino Ribeiro e D.
Josefa Maria de Rezende, irmã do inconfidente José
de Rezende Costa.
Estudou em Coimbra. Em 1.801 recebeu do príncipe regente
o hábito de Cristo e a propriedade do ofício de tabelião
de notas e do judicial de São João del Rei, tudo em
recompensa de serviços prestados e não remunerados
por seu pai.
Fez curta viagem ao Brasil e foi nomeado juiz de fora em Palmares,
permanecendo neste posto, por determinação do governo,
durante a invasão holandesa. Retirou-se para Lisboa, retornando
em 1.810. Estevão tinha como
armas um escudo partido, com o leopardo de um lado e as cabras do
outro.
É nomeado juiz de fora em S. Paulo, cabendo-lhe a presidência
do senado da câmara. De 1.816 a 1.826 serviu como fiscal de
diamantes em Serro Frio MG, onde se especializou em assuntos de
lapidação.
Foi nomeado, cumulativamente, desembargador da relação
da Bahia, em 1.816, ajudante do intenente-geral da polícia,
em 1.817, e superintendente-geral dos contrabandos, em 1.821.
Foi eleito representante de Minas Gerais no conselho de procuradores
que precedeu a constituinte de 1.823.
Instalada a assembléia, participou dos trabalhos como deputado,
e com a queda do gabinete Andrada assumiu a intendência geral
da polícia.
Foi ministro do Império (1.824-1.825), deputado (1.826-1.829)
e senador por S. Paulo.
Recebeu em 1.825 o título de barão com grandeza de
Valença. Em 1.827 passou a conde e em 1.848, após
hospedar D. Pedro II, foi elevado a marquês.
Teve 11 filhos, sendo o mais moço Geraldo Ribeiro de Sousa
Rezende.
*informações atualizadas por
João Carlos de Rezende Martins (bisneto do Barão)
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