Flávio Rossi

 

Flávio Rossi, um dos melhores caricaturistas da atualidade, mora em Barão
Desde os seis anos de idade, o campineiro Flávio Rossi trabalha com o chamado "desenho de humor". São histórias em quadrinhos, cartuns, charges e caricaturas que faz deste morador de Barão um dos melhores profissionais do gênero.
Flávio disse que começou desenhando personagens de histórias em quadrinhos como, batman, homem aranha, etc. "No início, eu tentava fazer desenhos acadêmicos, sem distorcê-los. Mas como meu traço já era distorcido (risos), aos 12 anos, comecei a fazer caricaturas", explicou. As charges e cartuns também fazem parte do seu "repertório", mas em bem menos quantidade.
"O desenho de humor, seja ele qual for, é uma arte tão trabalhosa quanto qualquer outra, porém, infelizmente, ainda é muito pouco valorizada no Brasil", lamentou o artista. "O povo brasileiro gosta de foto e não de desenho", salientou. "Uma caricatura, bem feita, leva de 3 a 5 dias para ficar pronta".
Flávio explicou que a diferença entre a caricatura e a charge é que enquanto a primeira é o exagero, de forma humorística, de um personagem público, a segunda combina esse exagero com um texto, na maioria das vezes, de cunho político. Como o artista está cursando artes plásticas considera ter mais habilidade para fazer caricaturas do que charges. Já o cartum é um desenho de humor sobre um tema universal, ou seja, um cachorro, um gato, etc.
Apesar da faculdade, Flávio disse que deve o reconhecimento de seu trabalho ao seu esforço e dedicação e ao curso que realizou, durante sete meses, na escola do artista Paulo Branco, em Campinas. "A faculdade não me ajudou em quase nada!", ressaltou. Segundo o artista, a Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Universidade que está cursando, tem explorado o seu prestígio mas, tecnicamente, não tem contribuído em nada. "O curso é muito fraco, contando, apenas, com três professores que oferecem aulas de qualidade", enfatizou.
O que, de fato, impulsionou a carreira de Flávio Rossi foi seu reconhecimento, há 5 anos, no "Salão do Humor", em Piracicaba. De lá pra cá, Flávio tem participado de diversas exposições e conquistado muitos prêmios. O artista participou, inclusive, de uma bienal na Itália, realizada entre 1999 e 2000.
Dentre os prêmios ganhos, destaca-se o conquistado com uma caricatura do boxeador brasileiro, Maguila, que foi escolhida como melhor obra do Salão Internacional do Humor de Piracicaba, em Agosto de 2001. Ao todo, eram mais de mil trabalhos expostos. O Salão Internacional do Humor, em Piracicaba, é o terceiro mais importante do mundo.
Com o intuito de popularizar sua arte, Flávio expõe também em lugares inusitados como, por exemplo, a "Peixaria Dom Alvarez", em Barão Geraldo. O artista reclama da falta de galerias de arte em Barão e em Campinas. Por isso, possui uma galeria virtual neste site!
Flávio disse que as técnicas que utiliza dependem do tipo de trabalho que desenvolve. Contudo, possui uma certa preferência em trabalhar com tinta acrílica. "A tinta acrílica permite um acabamento mais aprimorado, provoca um efeito mais expontâneo, porque ela é à base de solvente e, além disso, seca rápido", enfatizou.
Flávio conta que, agora, as pessoas, e inclusive sua família, aceitam a opção de ser cartunista, caricaturista e chargista como escolhas profissionais. "Meu pai sempre me incentivou a desenhar, porque ele é projetista. No entanto, quando decidi fazer disto minha profissão minha família foi contra. Só quando comecei a ser reconhecido e adquiri minha independência financeira eles acreditaram que seria possível eu viver disto". Os trabalhos de Flávio Rossi podem ser conferidos em alguns jornais e revistas brasileiros, em ilustrações de livros e em algumas campanhas publicitárias.
Flávio explicou que a primeira caricatura de que se tem notícia foi feita pelo consagrado pintor italiano, Leonardo da Vinci. No Brasil, após muito trabalho, a primeira geração de desenhistas de humor que conseguiu se firmar nesta profissão é composta por: Paulo Caruso, Loredano, Chico Caruso, Ziraldo, Jaguar e Angeli. Hoje, além de Flávio, destacam-se nesta profissão, Dálcio Machado, Páffaro e Félix.
Juliana Iorio


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