Barão Geraldo de Rezende

O leopardo de Damião Dias da Ribeira, que aparece 2 vezes, as quinas de Portugal, pelos Souzas (de sua mãe) e as cabras dos Rezendes.

Geraldo Ribeiro de Souza Rezende nasceu no Rio de Janeiro, a 19 de abril de 1.847. Era filho de Estevão Ribeiro de Rezende, mineiro de Prados, MG, casado com Ilydia Mafalda de Souza Queiroz, filha do brigadeiro Luiz Antonio de Souza Macedo e Queiroz.
Estudou em Paris. Casou-se no Rio de Janeiro, em 1.876, com D. Maria Amélia Barbosa de Oliveira, filha do Conselheiro Albino José Barbosa de Oliveira e de Isabel Augusta era neta do brigadeiro: sua mãe (Francisca Miquelina de Souza Queiroz) é que era filha do brigadeiro e irmã da sobredita Ilydia Mafalda.
Portanto, o barão era primo-irmão da sogra e primo 2o. de sua mulher. Aliás, Ilydia não foi ao casamento da sobrinha (Isabel Augusta) com o conselheiro Albino José Barbosa de Oliveira porque estava grávida exatamente do futuro barão.
Em 1.870 fixou residência na Fazenda Santa Genebra, que por herança lhe pertencia em parte, tornando-se propriedade toda sua por morte de sua mãe.
Era a Fazenda Santa Genebra uma antiga fazenda de cana, semi-abandonada, com uma casa de pau a pique e terras que diziam não ter valor algum. Barão Geraldo, com seu espírito progressista, transformou essa pobre fazenda em ruínas na famosa propriedade agrícola, com fama até mesmo no exterior, como uma fazenda modelo, onde se experimentavam todas as culturas, todos os processos de lavoura e todos os instrumentos de cultivo da terra. Surgiram ali os cafezais que pareciam intermináveis, máquinas modernas e um jardim famoso pela variedade de suas rosas. Foi um dos líderes na fundação do Club da lavoura em 1.878.
Entrou para a política, sendo eleito vereador em 1.883, cargo que ocupou até 1.886. Em 1.884 foi eleito presidente do Diretório Conservador, posto em que se conservou até o final da monarquia, e em 1.886 deputado geral pelo 7º Distrito de S. Paulo.
Com a queda da monarquia abandonou a política, se dedicando apenas ao cultivo da terra na sua fazenda.
Foi o doador do terreno onde foi construído o Liceu N. S. Auxiliadora e foi mesário da Santa Casa, de 1.891 a 1.907.
Nos últimos anos de sua vida passou por enorme dificuldade financeira, levando a sua fazenda Santa Genebra à praça. Numa tentativa de salvar a fazenda, esta foi oferecida ao governo que não se interessou pela proposta.
Faleceu a 1º de outubro de 1.907, na sua fazenda, antes do leilão da mesma.

*informações atualizadas por João Carlos de Rezende Martins (bisneto do Barão)

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